Reunião de Atualização em Fisioterapia Respiratória

Link: https://zoom.us/j/89554501459?
ID: 895 5450 1459
Senha: sppt3108
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A Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia vem esclarecer seus associados e a comunidade de profissionais atuando em saúde respiratória sobre os riscos de condutas e procedimentos sem respaldo científico que têm sido realizados em pacientes com COVID19.
Um dos princípios da medicina é o Primum Non Nocere, antes de tudo, não fazer mal ao paciente. Frente a uma pandemia de uma doença respiratória que tem tirado a vida de milhares de Brasileiros todos os dias, é compreensível que colegas queiram tentar medidas extremas na esperança da sua conduta trazer um benefício a quem está sob seus cuidados. No entanto, procedimentos reconhecidamente perigosos e sem comprovação de benefício podem, inadvertidamente, contribuir para a piora clínica dos doentes e, também, colocar em risco toda a equipe assistencial.
Uma das práticas que tem se difundido, inclusive com apoio de políticos e formadores de opinião, é a inalação de comprimidos de cloroquina macerados e diluídos em soro fisiológico. Essa prática é certamente danosa ao já combalido sistema respiratório do paciente.
Cabe lembrar que o comprimido tem na sua composição talco que é um silicato e outras substâncias agressoras. Quando inaladas essas substâncias podem causar broncoespasmo e se depositam no pulmão e vias aéreas causando uma reação inflamatória. Essa inflamação aguda se somando à inflamação pulmonar pela infecção viral tem o potencial de agravar o quadro. Em nenhuma diretriz para tratamento de nenhuma doença é recomendado o uso de comprimidos por via inalatória. O acúmulo desse material pode, inclusive, causar consequências a longo prazo como insuficiência respiratória crônica.
O uso de medicações inalatórias por nebulização na COVID19 deve ser sempre cauteloso pelo potencial de aerolização e contaminação do ambiente com partículas virais. Isso adiciona risco ambiental ao já perigoso procedimento.
Deixamos aqui o nosso apelo para que em nenhuma circunstância seja prescrita ou administrada inalação com comprimidos macerados.
Desejamos a todos muita saúde e força no enfrentamento diário da pandemia!
Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia.
As evidências recentes vêm demonstrando que a COVID-19 pode estar associada a um estado de hipercoagulabilidade. Apesar de não preencher critérios para coagulação intravascular disseminada (CIVD) clássica, é compatível com um estado pró-trombótico. Tem se observado, também, uma taxa maior de tromboembolismo venoso (TEV) mesmo nos pacientes sob anticoagulação profilática, com incidência variando de 25 a 69%. Estudos em autópsias com COVID-19 revelaram um componente de trombose em arteríolas pulmonares.
O acometimento vascular pela COVID-19 também é sugerido nos casos mais graves com síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) que ocorre no pico da atividade inflamatória e, comumente, apresenta uma dissociação entre a relação PaO2/FiO2 e a mecânica pulmonar; pacientes com complacência pulmonar relativamente preservada apresentando hipoxemia grave.
A coagulação e a inflamação tem relação de estímulo bidirecional caracterizada por um aumento concomitante de citocinas pró-inflamatórias e do Dímero-D (produto de degradação da fibrina na cascata de coagulação) que vem se mostrando um marcador prognóstico na COVID19.
Dessa forma, uma potencial alternativa para o tratamento da COVID-19 é o uso de anticoagulantes, assunto que vem sendo amplamente debatido, mas ainda com poucas certezas na literatura.
O papel da profilaxia medicamentosa, seja com enoxaparina ou heparina não-fracionada, nos pacientes clínicos graves e sem contraindicação, já é bem estabelecido. De maneira semelhante, para os pacientes que tem o diagnóstico confirmado de TEV, não há dúvidas quanto a necessidade de anticoagulação em dose plena, independente do diagnóstico de COVID-19.
O aumento da dose profilática ou o uso de anticoagulação plena deve ser conduta de exceção em pacientes sem TVP ou TEP documentados. Falta de evidência na COVID-19 ou em qualquer outra afecção por vírus respiratórios de seu benefício. No entanto, protocolos de algumas importantes instituições no mundo têm recomendado o uso de doses maiores baseados na gravidade do quadro e nos níveis de Dímero-D (maiores que 6 a 10x o valor de referência), devendo ser alvo de iminente publicação que ajudará a dirimir esta dúvida.
Se a literatura é escassa com relação ao tratamento anticoagulante na COVID-19, praticamente inexistem dados sobre anticoagulação estendida para paciente com COVID-19 sem evento de TEV documentado. Já para os pacientes com TEP ou TVP, devem ser avaliados os demais fatores de risco e considerada anticoagulação plena por no mínimo três meses, sem contraindicação aos anticoagulantes diretos orais no que tange à infecção viral após a fase aguda.
Desta forma, a recomendação é de que o tratamento anticoagulante na COVID-19 seja individualizado. A profilaxia medicamentosa está indicada nos casos hospitalizados mas ainda é necessário definir-se qual o perfil de pacientes que efetivamente se beneficia do uso de anticoagulantes plenos, independente do diagnóstico de TEV.
Não há dúvidas de que esta pandemia tem acelerado o fluxo de informações, no entanto, deve-se ter bastante cautela para não interpretar trabalhos isolados ou protocolos institucionais como consensos.
José Leonidas Alves Júnior
Subcomissão de Circulação da SPPT
A despeito de um estudo recente ter demonstrado um pequeno benefício expresso por encurtamento do tempo para melhora clínica com o uso do antiviral remdesivir[i], ainda não disponível no Brasil, permanecemos num cenário de escassez de evidências de eficácia real de tratamentos medicamentosos para a COVID-19, assim como um crescente corpo de publicações evidenciando potenciais eventos adversos de alguns deles, como a cloroquina ou hidroxicloroquina.
Partindo do entendimento de que uma considerável determinante da gravidade e prognóstico dos pacientes com infecções pelo SARS-CoV-2 é a nossa própria resposta imunológica, diversos estudos foram endereçados a modular ou conter esta cascata de eventos inflamatórios, objetivando, assim, reduzir a mortalidade, especialmente nos casos mais graves da doença.
Publicado no dia 16/6/2020 em versão “pre print” (ainda não submetido, revisto e aprovado por um grupo independente do corpo editorial de um periódico científico), o estudo Recovery[ii] (Randomized Evaluation of COVid-19 thERapY) avaliou a segurança e eficácia da dexametasona na dose de 6mg (oral ou intravenosa) uma vez ao dia, comparada aos cuidados de suporte clínico em 6425 pacientes, aleatorizados na proporção de 2:1 (2 pacientes no grupo controle para cada um paciente no braço experimental do estudo).
Os dados preliminares deste estudo sugerem uma redução do risco de morte de 35% (RR de 0,65; IC95% 0,48-0,88; p=0,0003; com redução absoluta de 40% para 28%) em 28 dias nos pacientes graves (intubados, sob ventilação mecânica) e da ordem de 20% (RR=0,80; IC95% 0,67-0,96; p=0,0021; com redução absoluta de 25% para 20%) em pacientes sob suplementação de oxigênio. O estudo não evidenciou benefício em pacientes com quadros leves, sem hipoxemia.
Nas palavras de um dos pesquisadores: “Dexametasona é o primeiro medicamento que demonstra melhora da sobrevida em COVID-19. Este é um resultado extremamente bem-vindo, mostrando essa melhora nos pacientes que necessitam oxigênio suplementar e naqueles em ventilação mecânica”.
Os membros dessa comissão científica da SPPT aguardam com bastante otimismo a publicação destes resultados.
Dr. André Nathan Costa
Subcomissão de Infecções Respiratórias e Micoses
Dr. Gustavo Faibischew Prado
Diretor de Assuntos Científicos
Referencias:
[i] https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa2007764
[ii] https://www.recoverytrial.net/files/recovery-protocol-v6-0-2020-05-14.pdf
A cloroquina (CQ) é um medicamento utilizado há décadas no tratamento da malária.
A hidroxicloroquina (HCQ) é um derivado mais solúvel e menos tóxico da cloroquina com perfil de segurança mais favorável.
Por alguns efeitos imunossupressores, a CQ e a HCQ vem sendo mais recentemente utilizadas no tratamento de doenças autoimunes, como como o lúpus eritematoso sistêmico e artrite reumatóide.
A propriedade da CQ / HCQ de inibir em estudos experimentais (in vitro) certos coronavírus, como o SARS-CoV-1, tem sido explorada com dados promissores e vem motivando uma crescente busca pela possibilidade de resultados positivos neste cenário dramático da pandemia do SARS-CoV-2.
Quando buscamos por estudos clínicos avaliando a eficácia e a segurança desses fármacos no tratamento de pacientes com pneumonia pelo SARS-CoV-2 (COVID-19), temos ainda uma notável e compreensível escassez de dados.
Os primeiros estudos não foram controlados (ou seja, a HCQ não foi comparada a outro medicamento ou placebo) e avaliaram em pequenas amostras de pacientes, apenas desfechos relacionados à presença do vírus na secreção respiratória; assim, nada se pode concluir a partir deles sobre se o uso do medicamento reduziu complicações ou preveniu formas mais graves da doença.
Um estudo recente de segurança e eficácia desenvolvido no estado do Amazonas teve precocemente um de seus braços interrompido devido a ocorrência de achados de toxicidade nos pacientes tratados com doses mais altas de HCQ. Nas últimas semanas foram publicados estudos de ensaio clínico randomizado e observacionais retrospectivos, os quais continuaram mostrando ausência de efetividade na redução de mortalidade ou na conversão para quadros mais graves.
Por enquanto, o entendimento da SPPT é que não há suficiente evidência publicada de benefício clínico da hidroxicloroquina no tratamento da COVID-19.
Assim, o ideal é que o uso desta droga, como de outros antivirais e imunomoduladores seja considerado apenas em cenário de estudos clínicos.
Diretoria da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia
Certificação Digital e Plataforma de Telemedicina: Oferta especial para os sócios da SPPT
A pandemia do COVID19 mudou a prática médica de forma impactante em poucas semanas. A necessidade de prestar atendimento de qualidade mantendo o distanciamento e isolamento de pacientes sempre que possível tornou premente o uso de plataformas de telemedicina e de receitas eletrônicas com certificação digital.
A SPPT sempre com o intuito de ajudar seu sócio a se adaptar a essa nova realidade firmou uma parceria com a empresa São Paulo Certificação Digital e a plataforma de telemedicina Dr.Conecta para oferecer os serviços com custo reduzido para o sócio.
Serviços que firmamos em parceria:
✓ Custo Zero Permanente mensalidade para associados aderirem ao sistema Dr.Conecta no Plano PRO.
✓ Em maio atendimento médico via telemedicina a custo zero para os médicos.
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✓ Compra de certificado digital a preço promocional de R$49,90 com a Certificadora São Paulo (para uso exclusivo com Dr. Conecta).
✓Link para contratar a plataforma de telemedicina e o certificado digital a valores promocionais: https://medico.drconecta.com.br/sppt
✓ BIRD ID PF A3 – 1 ano – de Valor unitário: R$ 149,90 por R$ 99,00 (pessoa física)
Observações importantes: dia 15/04/2020, uma Medida Provisória foi publicada permitindo a validação por videoconferência inclusive para titulares que ainda não dispunham de biometrias cadastradas. Assim, todo o processo para obtenção de um certificado digital ocorre de forma 100% virtual.
Link para contratar a certificação digital: https://arsaopaulo.com.br/?IDPOLOCOMPRAEXTERNO=3489
(observar que no canto superior esquerdo da tela apareça a informação: Polo: PROJETO SPPT, clicar no menu certificados, escolher a opção: BIRD ID PF A3).
Entidade sem fins lucrativos, de caráter científico e cultural, visa congregar médicos e profissionais.
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